O 6G já é uma realidade?

Em agosto, o leilão do 5G foi, finalmente, aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), e a venda das faixas deve ocorrer em outubro. Muito se espera dessa nova tecnologia e todos os avanços que devem chegar junto com ela – entre eles: smart grids/cities, digitalização da sociedade, telemedicina, carros autônomos, só para citar alguns. E, mesmo enquanto a quinta geração de redes móveis não está funcionando, é possível acompanhar notícias a respeito do 6G. Mas ele já existe?

A resposta é sim, porém, ainda em fase de testes. Há algumas semanas, na Coréia do Sul, a LG conduziu um experimento que demonstrou a transmissão e recepção de um sinal wireless 6G terahertz (THz) a uma distância de 100 metros, em ambiente externo (outdoor). A ação foi realizada em parceria com o Instituto Fraunhofer Heinrich Hertz (HHI) e o Instituto de Tecnologia de Berlim, Alemanha.

A dificuldade é que nesse caso se utiliza frequências muito elevadas, em que o alcance das ondas é bem curto. Há uma rápida perda de potência entre as antenas, e isso faz com que a transmissão e recepção sejam bem mais complicadas. Claro, não impossível. E esse teste é prova disso.

Segundo a própria LG, o 6G será essencial para tecnologias emergentes, que permitirão o desenvolvimento de ambientes e dispositivos mais adaptáveis, autônomos e personalizados, capazes de reagir à presença humana.

A estimativa é que ele possa enviar a incrível marca de 1 terabyte de dados por segundo, No geral, isso pode ser até 100 vezes mais rápido do que o 5G – algo realmente impressionante. Especialistas acreditam que, no futuro, o 5G será a base das redes de telecomunicações, e o 6G atuará em sistemas wireless/wi-fi, como escoamento do tráfego de informações das redes de quinta geração. O caminho, no entanto, é longo até que a sociedade possa desfrutar de toda essa tecnologia, que ainda está dando seus primeiros passos. A previsão para lançamento das primeiras redes é 2029. Até lá, muitos avanços poderão ser vistos com o 5G, e a Megatelecom pretende atuar na concretização dessa nova fase da conexão, colaborando com seus mais de 5 mil quilômetros de redes de fibra óptica. Algo muito necessário para a implementação da nova tecnologia.