
Durante a visita de Elon Musk ao Brasil, em maio deste ano, o bilionário apresentou ao Governo um plano chamado ‘Conexão Amazônica’, que visa fornecer internet de alta velocidade às escolas localizadas em áreas remotas da Amazônia, tudo via satélite. Mas, um outro projeto similar está em andamento desde o leilão do 5G, realizado no ano passado. A ideia é utilizar os R$ 3,1 bilhões sobressalentes, arrecadados durante a divisão das faixas para a nova tecnologia, e conectar 15 mil instituições de ensino.
Para isso, um projeto-piloto está sendo desenvolvido pelo Gape (Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas), composição definida pela própria Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para cuidar dos assuntos relacionados a acessibilidade tecnológica nas escolas. A frente do grupo, está o conselheiro da entidade, Vicente Aquino.
Por se tratar de um teste inicial, o valor que será destinado para essa aplicação, assim como a quantidade e localização das escolas, ainda é incerto. O que se sabe é que o plano piloto deverá ser finalizado entre julho e agosto deste ano.
Outro ponto interessante é a velocidade da conexão que será entregue, inicialmente é previsto que sejam destinados a partir de 50 e até 200 megabytes, em casos de escolas que possuam mais de 500 alunos matriculados. A responsabilidade pela execução será de todas as operadoras que arremataram a faixa 26GHz, ofertadas no leilão do 5G. O plano prevê também que as instituições sejam beneficiadas com uma infraestrutura digital, como laboratórios com computadores, para que a inovação tecnológica não fique limitada apenas à conexão com a internet, visando também ser um projeto inclusivo. Tendo em visto que alguns alunos podem não poder acessar a rede simplesmente por não possuir um dispositivo apto a tal função.
“Levar o acesso à internet a todos, seja em casa, escola e/ou outros locais públicos, deve mesmo ser prioridade. Isso porque o abismo digital no Brasil ainda é grande e continua aumentando. Essa conexão já é uma ferramenta importante de produtividade, de educação, entre outros fatores primordiais, e quem não a tem, fica marginalizado. Isso precisa ser resolvido”, explica o CEO da Megatelecom, Carlos Eduardo Sedeh.